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4 de dez. de 2014

Guarda Compartilhada



No dia 26 de Novembro de 2014 o plenário do Senado aprovou uma lei que garante a guarda compartilhada de filhos de pais divorciados mesmo que não haja acordo entre as partes em relação a tutela do menor.

Em suma o texto muda uma redação do Código Civil, que induzia juízes a decretarem a guarda compartilhada apenas em casos onde há boas relações entre os pais dos menores após o término da união.

A ideia é que a guarda compartilhada seja adotada como prioridade (e não como obrigatoriedade) no término das uniões estáveis e casamentos mesmo quando a relação entre ambos seja conflituosa (e justamente onde a guarda compartilhada se faz mais necessária).

Em meu entendimento leigo, o que devia ser é apreciado pela justiça é o bem estar do menor, levando em consideração questões afetivas, familiares, estruturais, etc. Pela lógica isso deveria ser feito em todos os casos, mas por conta de uma série de fatores como o excesso de processos ou a visão deturpada da sociedade em que a mulher sempre é a vítima, não há uma avaliação minuciosa dos casos antes de se tomar uma decisão unilateral. Infelizmente, devido a grande quantidade de divórcios nos últimos anos e o grande número de conflito entre ex-cônjuges, a figura do “filho” tornou-se uma moeda de trocas de vantagens entre quem possui a guarda no processo unilateral.

Antes de tudo gostaria de ressaltar que as exceções SEMPRE existem independentes do lado a ser analisado, porém tentarei ser o mais imparcial possível e mostrar o meu ponto de vista em relação a este projeto de lei.

Para entender o ponto de vista que defendo, é necessário entender um pouco sobre uma prática que vem crescendo entre as separações onde se adotam as guardas UNILATERAIS, a Alienação Parental.

Trata-se de uma síndrome onde a criança é induzida a um sentimento de repudia a um dos pais com base na doutrinação maliciosa do genitor que possui a guarda, causando um grande desgaste emocional para a criança e levando a penosas disputas judiciais onde, no final apenas o menor sai perdendo.

Além da alienação, a falta de convivência com um dos pais devido às falhas que ocorrem nas determinações das visitas cria um grande espaço entre a convivência afetiva da criança e do genitor. A falta dessa convivência nunca será reposta e os laços emocionais que não foram criados jamais existirão na relação entre pai/mãe com seus filhos.

Antes que se comentem as exceções, gostaria de deixar claro novamente que a guarda compartilhada será PRIORIZADA e não IMPOSTA. Em nenhum momento o pai ou a mãe será obrigado a ficar com a guarda da criança. O mesmo acontece quando um dos genitores possui um histórico de comportamentos onde o juiz entenda como nocivo para a criança, por isso justificativas como “meu filho será obrigado a conviver com o pai pedófilo” é improcedente e no mínimo caluniosa.

Além da convivência mais equilibrada entre os genitores a nova lei prevê um participação mais equalizada no que tange as obrigações de despesas do menor, que também deverá ser avaliada em juízo levando em consideração o poder aquisitivo de ambos os pais e a necessidade da criança.

Cuidado com o que está sendo divulgado em redes sociais e outras mídias de menor poder, onde muitas vezes é analisado apenas um caso especifico e cria-se uma comparação estapafúrdia dando a entender que a lei obrigará a convivência da criança com os genitores que não tem condições comportamentais ou vontade de conviver com o filho. O mesmo vale para os textos onde se prega o “fim da obrigação financeira” que o genitor que não possui a tutela tem. Isso não existe, AMBOS os pais sempre terão a responsabilidade de prover toda e qualquer despesa de maneira equilibrada e alinhada a sua condição financeira.

A lei está visando o menor, e não as disputas entre o antigo casal que mesmo a contra gosto terá de ter uma convivência respeitosa a fim de proporcionar uma criação saudável para seu filho.

Vale ressaltar também que a lei ainda depende do crivo presidencial para ser colocada em prática e que nenhuma guarda será alterada da noite para o dia com a aprovação da mesma. Em casos onde a guarda já está definida, caberá um novo recurso pela parte do genitor que possui a intenção de requerer a guarda compartilhada que será analisada novamente pelo juiz.


Por fim ressalto que a criança tem o DIREITO de conviver com ambos os pais principalmente quando ela mesma externa essa vontade. Independente dos conflitos existentes entre pais divorciados, o menor nunca deverá ser usado de maneira escusa e muito menos levado para o meio de conflitos referente ao relacionamento fracassado de ambos. "Pais" e "Mães" que praticam alienação parental são tão “doentes” quanto pedófilos e merecem o repúdio da nossa sociedade da mesma forma.

Texto por Derek Muggiati

5 de set. de 2014

Alienados, gente de cabeça fraca!



É incrível como em pleno século XXI encontramos tantas pessoas com acesso a informação, cultura e educação e ainda nos deparamos com a alienação obtusa das mesmas que por não pertencerem ao seu nicho social, seja este de cunho religioso, financeiro, político, etc. se colocam no direito de julgarem e se colocarem a cima das pessoas que se diferenciam delas.

A alienação é tão grande que é difícil separarmos a brincadeira de ofensa, e hoje todos se ofendem por qualquer coisa, basta que a sua opinião seja contrária. Pior ainda perceber que a maioria dos alienados fazem parte de uma grande massa perturbada que apesar de um discurso cheio de retórica e embasamento superficial não conseguem debater de forma saudável nenhum assunto apresentado, e quando colocados na parede preferem inferiorizar o próximo utilizando-se de seus preceitos e usando-os como verdade absoluta.

Não faço parte da religião “X”, “Y” ou “Z”, e nem por isso estou na porta de nenhum filho da puta cidadão impondo minhas crenças e dando com o dedo na cara dizendo o quão errados estão, mas ao contrário vejo essas mesmas pessoas fazendo isso e quando colocados em xeque sobre ajudar o próximo, esquecem que as pessoas que não compartilham suas crenças também estão próximas.

Não entro em discussões políticas pois a maioria dos militantes de merda que julgam o partido “A”, “B” ou “C” , de esquerda ou de direita, não tem conhecimento algum nem sobre os próprios conceitos que defendem. São os mesmos cretinos alienados que nas aulas de geografia da 8ª série, reclamavam quando o assunto era a política nacional.

Não sou errado por não fazer parte do seu nicho, muito menos por não gostar do barulho ridículo ritimado e com letra de baixo calão que você chama de música, mas não saio por ai com um piquete na frente de quem escuta isso.

Não concordo com 90% da programação da televisão aberta, e adivinhem só? EU NÃO ASSISTO. São sou obrigado a compartilhar de algo que eu não quero mas mesmo assim não entro na casa dos meus vizinhos marretando televisões simplesmente por não gostar ou não concordar com a visão de qualquer cidadão alienado.

Por isso preste atenção, se é que você, alienado, teve coragem de ler até aqui: O Mundo está errado em muita coisa, mas o mais errado é VOCÊ por contribuir por um ciclo de ignorância contra as coisas que batem de frente com os seus conceitos e filosofia de vida. O mundo é feito de pessoas, e pessoas SÃO DIFERENTES. Aprenda a conviver com isso, ou mude de planeta ;-)


Texto Por: Derek Muggiati

31 de ago. de 2014

Cala a Boca Brasil!



Antes de tudo vamos a alguns dados:

Hoje o Brasil tem aproximadamente 203 milhões de habitantes (de acordo com o site do IBGE). Outro dado, levando em conta que cada município tenha em média 30 vereadores (esse número varia de acordo com a população de cada cidade), o Brasil possui aproximadamente 230 mil cargos políticos, ou seja, o equivalente a 0,11% da população. Consideramos então, levando em conta que aproximadamente 20% da população seja de menores de idade e/ou pessoas maiores de 70 anos de idade cujo voto seja facultativo, e levando em conta a mesma média total de cargos políticos ainda temos 0,15% da população geral trabalhando no governo.
 
Menos de 1% da população brasileira tem algum cargo político, e mesmo assim escuto, leio e vejo inúmeras pessoas atribuindo o a culpa pela situação em que ela mesma e o país vive para meia dúzia de políticos e/ou partidos. Essas mesmas pessoas que culpam a Presidente Atual, o anterior, o anterior do anterior, o anterior do anterior do anterior, etc, ou o PT, PDT, PFL, PMDB, PV, PQP e todos os "P's" que existem, não tem a mínima ideia ou noção do que realmente é a política, de como ela funciona, quais sãos os cargos e o que eles representam, e por ai vai.

Mais uma vez eu digo, a culpa do país estar mergulhado no pesadelo político que assistimos diariamente é NOSSA. Vemos nosso dinheiro arrecadado a custa de pesados impostos sendo jogado no bolso desta parcela mínima de menos de 1% da população enquanto o trabalhador não ganha um décimo do que cada politico corrupto ganha e desvia.

Vocês (e eu me incluo nesse pacote), não se importam em procurar os meios de cobrar os políticos que elegeram, não se importam em fiscalizar o serviço daqueles que ganham um salário composto por uma parcela gorda do NOSSO soldo, e ainda por cima temos a CARA DE PAU de apontar uns contra os outros falando mal de partidos e pessoas especificas enquanto o maior problema é que estamos vivendo assim porque queremos.

Cada um que faz campanha pró ou contra algum partido ou candidato deveria se envergonhar e fazer um esforço para lembrar qual foi a ultima vez que acompanhou qualquer sessão na TV Senado, qual foi a última vez que ligou para os assessores dos vereadores da sua cidade cobrando as promessas feitas na ultima campanha.

Pior do que a CORJA que circula nas câmaras e prefeituras espalhadas nesse pais são vocês que não tem embasamento nenhum e buscam menos ainda fazendo sensacionalismo barato pró/contra candidatos que nunca viram, conversaram ou cobraram na vida. 

Me envergonha saber que essas mesmas pessoas são meus parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, desconhecidos da rua, etc. Me envergonha saber que o país é podre porque somos omissos com nossos compromissos e nossas responsabilidades sociais e culturais, gostamos de levar vantagem em cima dos menos favorecidos e não pensamos duas vezes em ganhar dinheiro as custas de pessoas que consideramos menos merecedoras do que nós. 

A todos nós eu digo, calemos a boca antes de apontar e nos preocupemos com nossas responsabilidades nas urnas e em como vamos cobrar os "escolhidos pela democracia" para resolver nossos problemas. Quando quiserem discutir política, primeiramente ESTUDEM, INFORMEM-SE, e acima de tudo FAÇAM POR MERECER sua liberdade de expressão.

Texto por Derek Muggiati

6 de jun. de 2014

A Copa Chegou e Você Não Pode Fazer Nada!!!


Até um tempo atrás havia prometido para minha própria pessoa que não iria escrever sobre a Copa do Mundo, porém de tanto ser estuprado saturado por tanta informação sobre um evento que particularmente eu não gosto, resolvi expor alguns pontos que considero interessantes.

Primeiramente escuto muitas pessoas batendo de frente com questões sobre onde o dinheiro da copa poderia estar sendo investido, citando as declarações infortunas de certos ícones do esporte, etc. O que me pergunto insistentemente é ONDE ESTÃO ESTAS PESSOAS na época de eleição, quando o dinheiro publico vai para as campanhas eleitorais ou nas obras de grande porte superfaturadas por políticos gananciosos. A falta de comprometimento dos políticos com o orçamento do Brasil vem desde a época do império, e nunca foi questionada tão veementemente quanto o fato do país não suportar um evento deste porte.

Outro ponto em que me questiono frequentemente, é que o brasileiro enraizou em sua cultura o fato de que AQUI é o país do futebol, porém me pergunto, O QUE É O PAIS DO FUTEBOL? O que ganhamos com isso? Qual a importância disso para a minha vida, para a vida do meu filho, ou do leitor que está ai do outro lado neste momento? Por uma série de questões pessoais, minha família nunca foi muito ligada a este esporte, e não vejo qual é o prejuízo que eu tive com isso. O que vejo são os benefícios por nunca ter presenciado a violência e selvageria das torcidas organizadas e nunca ter exposto meus entes queridos a este tipo de situação. Existem tantos outros esportes em que as seleções brasileiras são extremamente dedicadas e apresentam até mais resultados que o futebol, mas não merecem nenhum crédito. Vide o vôlei, as artes marciais, o atletismo, a ginástica olímpica, o tênis e por ai vai.

Por fim faço uma critica a maioria dos brasileiros que aprendeu a usar os meios de comunicação com alcance global para reclamarem de sua situação, mas não cobram de seus políticos e votam sem consciência em pessoas que continuam o ciclo de falcatruas intermináveis no cenário político brasileiro, onde nem troca de partido, nem troca de políticos fará a diferença.

O Brasil só irá mudar quando deixar de ser o País do Futebol, do Carnaval, da Falcatrua, dos políticos corruptos sem punição, e ser o País da Educação, da sustentabilidade, ser o País da Cultura, da Fauna, e ser um exemplo de seriedade para mundo.


A Copa está ai e você pode até ter reclamado, pode ser contra, pode não ter escolhido o Brasil para sedia-la, mas certamente também não fez nada para mudar essa situação. Quer saber o que fazer na próxima oportunidade? Em outubro faça diferente, faça CONSCIENTE e nos anos seguintes cobre das pessoas que você escolheu para enfiar a mão no seu bolso, algum trabalho que beneficie a sociedade. Não se engane meu amigo, a cada eleição, você só escolhe quem irá passar a mão na sua bunda te roubar.

Texto Por Derek Muggiati

28 de mai. de 2014

Pai e Filho



Não consigo entender como a visão da sociedade como um todo ainda possui uma linha de raciocínio tão retrógrada quanto aos direitos do homem em relação a seu filho.

Acompanho vários nichos onde a discriminação  é grande aos PAIS (HOMENS) propriamente ditos, que sempre são colocados e julgados como irresponsáveis, desamorosos e desapegados aos seus filhos. Em casos de separação, é via de regra que o filho fique sempre com a mãe, salvo algumas raras exceções onde fique demonstrado pela parte da mãe, descaradamente que não é de vontade dela, ter convivência com a criança.

Concordo sim que a Mãe tem um papel único na vida de um filho, assim como o filho tem para a mãe já que ambos partilharam o mesmo corpo, mas o que eu estou defendendo aqui é a igual importância da figura paterna na vida de uma criança. Assim como a sentimentos e momentos apenas compartilhados entre mãe e filho, o mesmo vale entre pai e filho.

Porque então a sociedade e a justiça favorecem tanto a mulher nesta questão, deixando totalmente obscura a importância da figura paterna na vida de uma criança? Me revolta o fato de que o homem tenha que provar a importância de seus atos, ele tenha que provar que tem condições psicológicas e financeiras de prover a criança em um caso de separação.
A fé publica depositada na figura materna gerou uma legião de mulheres em busca de uma vida fácil, sustentadas por pensões alimentícias enquanto a assistência para a criança é mínima ou praticamente NULA em alguns casos, e mesmo assim vários homens encontram inúmeras barreiras para fazer valer seu direito de visita e convívio.

Assim como existe muito homem que não assume os filhos HÁ SIM MUITAS MULHERES QUE NÃO ASSUMEM SEUS FILHOS. Dar a luz não significa ser mãe, isso vai muito além do fato de colocar uma criança no mundo e prover sua alimentação. O bem estar psicológico e afetivo da criança também deveria ser prioridade nesses casos, infelizmente até os profissionais que seriam os responsáveis por essas análises são completamente obtusos e tendenciosos.

Resultado: Inúmeros pais (assim como eu) que batalham uma vida inteira, enfrentam o descaso e a humilhação da justiça e precisam se resguardar de todas as formas possíveis no que tange ao relacionamento com seu filho, pois qualquer abraço ou gesto de carinho é interpretado erroneamente por inúmeras pessoas.

Acho RÍDICULO um pai não poder dar um beijo no rosto ou um abraço em seu filho em público que já é visto com outros olhos pelos espectadores. A sociedade criou a figura do pai como uma persona fria e desprovida de sentimentos mas É MENTIRA. Os pais também amam seus filhos tanto quanto as mães. Assim como um filho pode e ama a figura paterna a recíproca é tão verdadeira quanto.

Por isso eu vos digo, antes de julgar ou sequer tentar quantificar o amor que um Pai tem por seu filho, levando em consideração que “amor de mãe é maior”, lembre-se o filho é o mesmo para ambos os genitores, e é papel dos dois amá-los igualmente. Quando isso não ocorre da parte de um dos genitores isto é uma falha de caráter do indivíduo em particular e não do Pai ou da Mãe Especificamente.

A Justiça deveria desmistificar a visão de que a mulher é um sexo totalmente frágil. Existem e existiram SIM muitas injustiças contra o sexo feminino, muitas hoje superadas com muita luta e muita batalha por mulheres guerreiras geração após geração, mas não se engane FALHA DE CARATER NÃO É PRIVILÉGIO DE UM ÚNICO SEXO.

Texto Por Derek Muggiati

5 de mai. de 2014

PENSE!



Já observei muito nas redes sociais e até mesmo na mídia, várias informações não verídicas, dentro de notícias sensacionalistas e por estarem na internet, são tomadas por muitos como verdade absoluta.

Já comentei algo parecido em alguns textos anteriores que falam sobre internet, redes sociais, pessoas revoltadas usando a rede, etc. Porém eis aqui um lado muito importante dessa moeda, que muitas vezes nem EU parei para analisar antes de tecer um comentário ou discursar sobre o assunto: NEM TUDO QUE VEMOS NA MÍDIA É VERDADE.

Verdade seja dita, mais da metade das informações que são divulgadas sempre são tendenciosas, focando no lado mais apelativo da informação e logo, fazendo com que a mesma seja propagada em velocidade absurda apenas pelo fato do sensacionalismo conseguir tocar no âmago de quem absorve a noticia.

Pegando como exemplo uma noticia que saiu em um jornal aqui do Paraná (Link da Noticia), onde uma mulher, confundida por moradores como uma sequestradora de crianças, foi brutalmente espancada após ser amarrada por pessoas do litoral paulista. Uma informação postada em uma rede social, gerou indignação a população, que confundiu a mulher em questão com a pessoa que constava na foto desta postagem. Para ajudar, não há nem REGISTRO desses supostos sequestros vinculados na noticia.

Uma pessoa inocente morreu pelas mãos de pessoas que acreditavam estar fazendo justiça pelas próprias mãos, cegas pelo ódio e sem informação nenhuma sobre o que estava ocorrendo. Muito provavelmente metade das pessoas que participaram dessa barbárie, nem sabiam o porquê estavam praticando este ato. Apenas entraram no grupo gerando violência gratuita contra um desconhecido, por razões desconhecidas sem nenhuma piedade.

Até que ponto tomar como verdade algo escrito ou vinculado em qualquer lugar é totalmente verdade? Quanta informação os ignorantes da sociedade acreditam cegamente? Onde está escrito que se uma informação está na internet ou na televisão é verdade?

Pense, pesquise, DUVIDE! Vocês são mais inteligentes do que parecem, falta apenas usarem esse órgão do corpo humano chamado cérebro!

Texto Por Derek Muggiati


10 de jan. de 2014

Coisas que só a vida ensina...




Engraçado como somos forçados a repensar nossas vidas em dados momentos da mesma. Geralmente esses momentos acontecem quando nos chocamos com algum acontecimento extraordinário, seja ele benéfico ou maléfico para nós.

Hoje passei por uma das situações mais inusitadas da minha vida, e até agora sem entender o porque, apenas me dei conta de que nós como seres humanos temos facilidade para tornarmos babacas. 

Uma frase que um grande amigo meu sempre diz é "a vida é um grande saco de bosta de onde saem coisas interessantes as vezes". Essa frase sempre fez muito sentido na minha vida, visto que ela lembra uma novela mexicana de péssimo gosto, dessas que passam no SBT, porém me dei conta de algo hoje, somos nós em algum momento de nossas vidas que enchemos esse saco! Vocês já irão entender onde quero chegar.

Voltava do trabalho, em meu modo "autista" com fones de ouvido no volume máximo, pensando em chegar em casa o mais rápido possível, pensando nos problemas financeiros, organizar as contas, clientes que preciso anteder no trabalho, etc. 

Pra completar o final do dia, passear de ônibus cheio, derretendo de calor, faz com que o caminho só pareça mais longo e cansativo. Ao descer do penúltimo ônibus na plataforma, a garganta já seca somada ao calor e meu sedentarismo misturados com a frustração de ver o último ônibus que pego para o trajeto final até minha residência partindo a poucos metros de onde eu estou, me fizeram ir em direção a uma banquinha comprar algo gelado para aguentar o calor enquanto esperava o próximo ônibus dessa linha.

Já sentado em um dos bancos do terminal com a garrafa de refrigerante vazia em minha mão, sacudindo impacientemente, ao longe noto a figura de um garoto, de cerca de 6 anos de idade, brincando sozinho como as crianças dessa idade conseguem, em seu mundinho particular, girando em cima de outro banco a alguns metros de onde eu estava sentado.

Não sei se foi minha cara de frustração pelos problemas do dia a dia, se minha cara empapada de suor, ou minha camiseta vermelha que chamaram a atenção do garoto, mas em um piscar de olhos o garoto estava em minha frente, me olhando com um sorriso gentil de criança que está feliz, mesmo sem ter o porquê e me diz: "Deixa que eu jogo no lixo pra você".

Meio atônito as palavras do garoto que mal chegaram aos meus ouvidos por conta dos fones e sua música estridente que me separava do mundo dos demais a minha volta, simplesmente fiquei olhando para o garoto de pele morena, gordinho, parecendo o boneco da "michelen", que sem cerimônia alguma pegou da minha mão a garrafa vazia e um guardanapo amassado que eu segurava e levou até o lixo mais próximo.
Foda quando percebemos o quão BABACA somos. Me peguei instantaneamente vasculhando os bolsos em busca de alguma moeda, já pensando se tratar de algum garoto de rua que estava em busca de algum trocado.

O garoto voltou ao seu banco, e foi então que percebi que foi apenas um gesto de gentileza, totalmente automático, sem esperar nada em troca, fazer o bem apenas por fazer o bem.Chocado com tamanha ignorância minha, me peguei sorrindo e olhando para o garoto, que sorriu novamente e veio sentar-se ao meu lado.

Do nada o garoto começa a falar, como um daqueles velhos que encontramos em um elevador, falando sobre o calor, sobre o jogo de futebol que corria do lado de fora do terminal e apontou para o avô que o observada de longe na plataforma enquanto certamente esperando o próximo expresso.

Por burrice, falta de discernimento e certamente ainda constrangido com a situação, não perguntei o nome do garoto, nem agradeci gentilmente seu gesto anterior, apenas dei corda para sua conversa, com perguntas meio bestas como "e você gosta de jogar bola?", "também está com muito calor?".

O fato é que esses raros momentos, passam rápido e só percebemos o valor deles muito depois que eles terminam. Meu ônibus chegou e me despedi do garoto com um "prazer te conhecer" e um sorriso, o qual foi respondido a altura pelo garoto, tanto o sorriso quanto o cumprimento em sua mãozinha gordinha mas forte.

Ao sentar em meu ônibus parei e pensei.... qual foi a última vez que fiz algo para alguém, que nem ao menos conhecesse pelo simples fato de ser gentil e prestativo? Ajudar por ajudar? Esta é a pergunta que lanço para você leitor, qual foi a última vez que você ajudou um estranho com a coisa mais simples que fosse?

Fiquei constrangido quando dentro das minhas próprias lembranças tive dificuldade em lembrar do último gesto de solidariedade que tive.

Voltando ao saco, bem.... somos nós que enchemos ele de merda quando vivemos preocupações fúteis, temos atitudes egoístas e falsas, mesmo diante das pessoas que amamos. Somos nós que esquecemos de jogar algo de bom dentro do saco, e quando mais precisamos de algo que nos faça acordar na vida, enfiamos a mão la dentro e saímos com a mão suja e ainda mais frustrados. 

Espero mesmo que esse garoto cresça, com essa mesma índole, que por mais que ele nunca venha a ler esse texto, torne-se exemplo para alguma pessoa que realmente precise, assim como ele me fez pensar e lembrar que faz muito tempo em que não ajudo alguém apenas por ser outro ser humano igual a mim, com defeitos, problemas, mas ainda assim, um ser humano.

Texto por Derek Muggiati