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13 de out. de 2016

Vamos falar sobre Música....




Legal, observo, só observo, mas, de vez em quando opino...

Todos sabemos que devemos tratar as pessoas e seus gostos com o devido respeito, independentemente de sua classe social, nível intelectual etc.

Porém, ultimamente tenho me sentido desgostoso com os gêneros musicais da moda. Eu sou um músico, não só toco um instrumento como também isso faz parte da minha vida, e cada nota, as progressões, convenções e harmonia que traduzem o sentimento de uma pessoa e também nos dá vazão a vários sentimentos e em muitos momentos extravasá-los. 
   
Simplesmente me nego a ver algo que deveria ser uma mistura de cores, sentimentos, acordes e enfim, poesia virar algo que não tem sentido. Me nego a aceitar e ver o povo simplesmente deglutir algo que hoje em dia não passa de uma mistura de notas, batidas e refrões chiclete que se repetem em cima de letras pobres, repetidas e repetitivas sem sentido. Sinto como se a música e musicalidade do brasileiro foi toda jogada no lixo e isso é doloroso. Já parou para pensar que a mais ou menos 20 anos atrás na Jovem Pan, tocava uma gama de DJ’s e bandas bem diferentes? Era comercial, mas tinha variedade, não só um monte de popstars “bonitinhas” lançadas na mídia pra vender disco(o que era igual antes) o que tinha também mas tinha opção além disso.

Não gosto de sertanejo universitário, tampouco de funk carioca, primeiro pela sonoridade, segundo pela letra, terceiro pela arte no sentido de criatividade mesmo, salvo alguns cantores que até aprecio como Vitor & Léo, Daniel entre outros que não cabem aqui. O sertanejo universitário é uma música de recreação, e a parte que eu acho legal é a dança e só. Mas sou músico e não tem como passar batido no que eu ouço.
   
Música é arte. Eu cresci vendo o “ser” músico como um alguém pensante, aquele que usa a música como instrumento de denúncia, protesto, falando do amor em forma de poesia e melodia, todo o tema tem uma história, e me incomodo a partir do ponto em que eu vejo uma letra que é escrita pura e simplesmente, para vender na forma de uma canção chiclete, e na sonoridade que entra dentro de um rótulo para ganhar audiência em detrimento da criatividade e da arte.

As pessoas podem gostar do que elas quiserem, mas qual é o trabalho para analisar a letra como se analisa um texto, e tentar entender o que quer dizer, o que é ali cantado, e ter uma crítica a respeito do assunto, encontrar em que contexto se dá tal música?


Se você for ver algumas músicas do início do rock as letras falam coisas que tinham a ver com o contexto da época, se você observar a música tutti-fruti do Little Richard e entender o contexto da época vai entender que ele falava de sexo e sexo inter-racial que era muito reprimido no CONTEXTO que era vivido em sua época. E tem um camarada por aí dizendo aos quatro ventos que a pessoa que ouve rock’n roll/Funk, de Chuck Berry, Elvis Presley ou James Brown (e a música sex machine) que tais artistas, faziam músicas com conteúdo sexual da mesma forma que funk carioca e o sertanejo. 

Faltou esse analfabeto musical falar da parte em que eles tinham letras românticas também. Agora, aonde entram o Funk carioca e o Sertanejo nessa história? (Tá ok, sertanejo tem algumas letras boas sim, mas não é dessa parte que eu estou falando) Pense, que tipo de pessoa faz esse tipo de música? Qual a motivação? É social? Pois em algumas letras nem socialmente se bebe. Ok, sem rótulos, tenho amigos muito inteligentes que ouvem. No entanto, qual a régua que esse cidadão colunista usa para comparar algo histórico, com algo que aqui não deixa de ser histórico, mas promove de forma geral algo que em nada inspira o melhor do ser humano, muito pelo contrário, além do ritmo ser pobre...

Vejo que o mundo está carente de pessoas que ousem sair do óbvio, a música em todos os estilos caiu em uma mesmice, ficando relegada a cópias que se baseiam em um determinado nicho e estão engessadas como se fosse proibido fugir para a criatividade em nome de um rótulo, ou estilo em comum todos buscam a fama copiando o que outros fizeram para chegar lá, inclusive a sonoridade.

Sou músico e me inspiro em outros músicos, mas isso não quer dizer que eu deva copiar algum artista ou gênero. Naturalmente carregaremos traços de quem nos inspirou. Não posso simplesmente dizer que as pessoas que gostam de sertanejo ou funk carioca são menos longe de mim dizer tal coisa, tenho as mesmas em meu círculo de convivência, boas pessoas, boas mesmo, inteligentes a tal ponto que não posso dizer neste texto que são “burros” não é este o ponto, mesmo do porque alguns estão na faculdade e tiram notas melhores que as minhas, interpretam as coisas de melhor forma em variadas situações. Porém, vejo que nesta área da cultural lhes falta a percepção do papel que tem a música, da sua influência na sociedade. A música sempre transcendeu a arte influenciando as sociedades, porém, qual a influência da música na sociedade atual?

P.S.

Faltam aqui exemplos brasileiros de comparação não coloquei...foda se.

Bônus: o link que segue abaixo, é de uma música de um gringo (EUA) que conheci através de um amigo em comum, ensaiamos algumas vezes, porém ele foi embora sem termos tempo de tocarmos em algum lugar...  O nome da música é Lately, e eu não recordo e não achei o nome do álbum.



https://www.youtube.com/watch?v=9olaS1JGIrs


Texto por André Luiz Coutinho



30 de mar. de 2016

POLARIZAÇÃO POLÍTICA


Não há como escrever sobre outro assunto que não seja ligado a política diante dos acontecimentos dos últimos meses no cenário nacional. Independentemente de bandeira ou posicionamento político sempre critiquei o posicionamento radical por parte das pessoas em QUALQUER assunto.


Após os acontecimentos que permearam o sistema político nacional, uma polarização ideológica está se tornando inevitável, em outras palavras o Brasil está perdendo o “cinza”, afinal ou você é “preto” ou você é “branco”.

O apego ao ponto de vista particular sustenta a realidade individual das pessoas, que ao ser colocado em “xeque” quando confrontado por alguém de visão contrária, causa uma comoção exacerbada. Partidos políticos estão virando times de futebol, e com a mesma paixão burra do corno manso que fecha os olhos para a traição, as pessoas estão deixando de lado os defeitos das bandeiras que defendem e atacar com unhas e dentes as bandeiras contrárias.

A dificuldade de lidar com a ambiguidade e as dúvidas inerentes ao seu posicionamento, os indivíduos estão segundo rumo aos extremos dentro do posicionamento político nacional enquanto o convívio social está sofrendo com a intolerância, hostilidade e violência que existe dentro de cada ser humano.

Quanto tempo nós temos até que as defensoras das bandeiras partidárias tomem as “vias de fato” e as agressões físicas comecem? Será que os brasileiros esqueceram todos os outros problemas sociais que vivemos diariamente? É triste saber que a liberdade de escolha individual esteja sofrendo por conta das atitudes políticas de administradores medíocres que deixaram o país na situação que está.

Independente do resultado de um possível impeachment, de uma troca de poderes, de uma alteração no modelo político atual, TODOS estamos condicionados e seremos afetados diretamente por qualquer decisão que seja tomada.

Não sei até que ponto a polarização pode ser benéfica ou maléfica, mas a curto prazo podemos ver os problemas que ela está causando, e fica a pergunta: Por que criar mais problemas diante de um país com tantos a serem resolvidos?

Texto por Derek Muggiati