25 de mai. de 2012

E a tal da educação por onde anda?!



Definir educação é um pouco complicado, talvez por existirem várias "aplicações" para mesma e logo, vários entendimentos sobre o que ela é. Sob a vista de alguns, educação está ligada ao crescimento intelectual por meio dos estudos (o que não deixa em nenhum momento de estar certo), porém a educação a qual eu estou me referindo, diz respeito àquela que deveríamos ter com os indivíduos que dividem o ar que respiramos.


Quando foi a última vez que você esperou todos os passageiros descerem de um ônibus para somente depois embarcar no mesmo? Ou a última vez em que deu passagem ao pedestre mesmo durante um “sinal verde” no trânsito? E ajudar um idoso a atravessar a rua? (Alguém ainda faz isso?).

Ao mesmo tempo em que se pede “educação” para respeitar as idéias alheias, as mesmas são impostas por seus praticantes. Atitudes corriqueiras como as descritas acima estão em extinção por conta de desculpas como a “falta de tempo” ou mesmo jogando a bola para o outro lado: “não faço para os outros pois não fazem pra mim!”.

Certa vez ouvi que “a educação está morrendo com nossos avós”. Me assustei quando parei pra pensar nisso, pois já perdi metade deles (será que perdi metade da minha educação também?).

Talvez essa afirmação até tenha um resquício de verdade, pois os valores mais antigos estão se perdendo em meio ao processo evolutivo da sociedade e os que não sumiram sofreram tantas modificações para se enquadrarem ao modelo social em que vivemos hoje, que certamente perderam sua essência.

Não sou nenhum estudioso no assunto por isso não venham me citar transformações históricas ou estudos de grandes pensadores, mas o fato é que nossos filhos nascem e nós mesmos não os ensinamos tudo que aprendemos (por falta de tempo, por não acharmos necessário, por preguiça, etc.).

Educação no fim das contas acaba englobando muita coisa como: valores sociais, compreensão, respeito, etc. Porém na hora de colocar tudo isso em prática certamente deixaremos a desejar em algum aspecto. Talvez então seja por isso que a cada passo evolutivo deixamos a educação de lado, pois é mais fácil nos especializarmos naquilo em que conseguimos fazer bem feito, e relacionamentos interpessoais não tem sido o nosso forte nos últimos tempos não é?!.

Será então ainda possível resgatar a essência do respeito mútuo entre seres da mesma espécie?! Na natureza é algo tão intrínseco, “cada macaco sempre está no seu galho”. Por que então para nós seres humanos, dotados de “inteligência/consciência” é tão difícil entender que nossas ações são sim limitadas até a linha que separa o meu espaço do seu espaço?

Cada um provavelmente tenha suas próprias respostas para todas as questões que levantei, nenhuma certa, nenhuma errada, apenas SUA PRÓPRIA resposta, e a educação que ainda me resta me diz apenas para aceitá-las, sem a necessidade entendê-las ou praticá-las.
Texto por Derek Muggiati.

3 comentários:

  1. As pessoas só pensam nisso quando são tratadas com falta de educação, ex: quando querem descer do ônibus e os que estão entrando não deixam!! Eu, geralmente faço uma piada sobre isso: se anunciassem "Entrem no ônibus antes que os demais desçam", começaria a se ter respeito por quem está saindo do veículo!!!
    E outro fato que está na cara: os pais vão para o trabalho e deixam seus filhos na escola (a qual passou a ter que moldar o indivíduo de todas as formas possíveis), aí quando estão em casa as crianças "têm o direito" de fazer/ter o que quiserem para os pais tentarem diminuir a culpa pela falta de tempo...
    Resultado: a criança que não tem limites, repeito e educação dentro de casa também não terá na rua... Ela terá direito de entrar no ônibus antes dos demais sairem, porque só importa o que ela quer.
    Espero estar me preparando psicologicamente para não criar um "indivíduo" assim!!!!

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  2. Ótimo Comentário Cris, creio que você entendeu bem o que eu queria dizer.

    Muito bem colocado a questão de que os jovens de hoje "adquiriram" o direito a não ter "educação" para com os demais por conta justamente de nós mesmos.

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  3. É isso aí, devido a mulher moderna ter que trabalhar (não estou dizendo que não deva) a criação dos filhos fica totalmente com a escola, que por sua vez não consegue competir com a negligêcia de educação citada pelo(a) Cris. Como disseram, depende de nós a educação de nossos filhos, e só podemos esperar/tentar acertar mais do que errar.

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