4 de jul. de 2012

Educação ou Etiqueta?


Boa Tarde galera do Mal.

Hoje recebi um e-mail de uma leitora assídua do blog e grande amiga, no qual ela aborda um assunto deveras interessante, segue abaixo o discurso de mais um revoltado:

“Todos os dias quando saio dar minha voltinha habitual pelo hospital em que trabalho eu fico pensando como algumas atitudes realmente nunca irão mudar.

Alguém pode me explicar por que as pessoas (a maioria, pelo menos) só te tratam bem se você der sorrisinhos nas 300 vezes em que você a encontra pelos corredores da vida? 

Ora, se você já foi educada o bastante de cumprimentá-la num primeiro encontro, qual a obrigação que se tem em continuar, intermitentemente, cumprimentando?

E o mais engraçado é que, surpresa ou não, essas pessoas que você não “bajula sem motivos” nunca serão disponíveis num momento que você precise da sua ajuda, e ainda com o tempo passam a te ignorar ate naquele primeiro encontro em que educadamente deveriam se dar “Oi!”, na hipócrita desculpa que você é mal humorada, mal educada, que vive de cara feia para todos. 

Eu, sendo uma dessas pessoas que realmente só fazem o necessário em questão de etiqueta e boas maneiras, convivo com este título de “Cara feia” (não que me importe ou mude algo na minha vida), mas me indigno na prematuridade e ignorância alheia de simplesmente não aceitar na existência de  indivíduos que  podem ser extremamente distraídos quando andam nas rua/corredores, que vivem preocupados, com sono ou que realmente não vêem a necessidade de ser simpática 24h por dia e não reparam nos olhares ansiosos por um sorriso falso, automático e sem nenhuma vontade de estar ali naquele rosto... . 

E pior ainda são aqueles que de tanto se preocupar com a imagem que representam para a sociedade fazem dessa falsidade um habito e acabam acreditando mesmo que isso a fará mais querida e respeitada

Enfim, esse papo todo só foi para concluir que definitivamente o ser humano vai sempre esperar que todos ao seu redor olhem para ele, reparem na sua existência, se importem com sua presença e demonstrem, mesmo que no fundo ele seja insignificante para os outros.”

Elo V. - 22anos

Ctba-PR.
Não sobrou muita coisa pra dizer não é!?

Certamente, quem trabalha em grandes ambientes, com um fluxo grande de pessoas, passa por situações estressantes como essa. Ser simpático 100% do tempo é impossível, e todos temos dias em que acordamos com o pé esquerdo ( e pobre daquele que cruzar nosso caminho de forma errada neste dia!).

Hipocrisia maior ainda é dizer que você gosta de todos em seu ambiente de trabalho e que trata todos com igualdade. Temos sim “n” regras de etiquetas que nos ajudam a sobreviver a este ambiente hostil onde cada um está mirando a garganta alheia, porém nem sempre conseguimos seguir os protocolos de “bons colegas de trabalho”, mas educação sempre será diferente de simpatia.

A revolta do e-mail acima é totalmente válida mas é bom ressaltar que cada caso é um caso, e nem sempre a falta de educação pode ser justificada com as atitudes mencionadas anteriormente.

Agradeço ao e-mail enviado , e espero que mais leitores sigam o exemplo ;)

Texto por Derek Muggiati.

1 comentários:

  1. "de tanto se preocupar com a imagem que representam para a sociedade fazem dessa falsidade um habito"

    Penso que, muitas vezes, essa "habitual falsidade" é apenas o jeito dessa pessoa lidar com as outras. A leitora rotulou de falsa quem a rotula de mau humorada, acho que chumbo trocado não deveria doer.

    Não conheço ninguém na história, mas os desentendimentos normalmente começam quando julgamos o outro através do nosso prisma, esquecendo que cada um tem seu jeito de agir em sociedade.

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